Ontem, 14 de março Carlos fazia 25
anos. Detido o passado 15 de setembro do 2012 en Vigo, no meio dumha
operaçom “antiterrorista” e processado o passado 26 de fevereiro do 2013
por um suposto delito de “pertença a organizaçom terrorista” e outro de
“tenência de explosivos”.
Durante estes 6 meses de
prisom preventiva foi dispersado e trasladado continuamente de cárcere
baixo a aplicaçom do régime FIES, passando já polos centros
penitenciários de Soto del Real, Aranjuez, Topas e Valdemoro, com todas
as comunicaçons intervidas e em módulos de isolamento.
Desde o passado 22 de fevereiro, Carlos
está no centro penitenciário de Valdemoro (Madrid). Foi trasladado desde
a prisom de Topas a Valdemoro para poder declarar ante a Audiência
Nacional a petiçom própria, umha vez levantado o segredo de sumário da
sua causa e corroborado que nom havia motivos nem provas suficientes
para seguir prolongando o seu estado de prisom preventiva num contexto
no que, segundo a lei, a celebraçom do juízo pode tardar até 4 anos en
ter lugar.
O 27 de fevereiro Carlos foi declarar
ante a Audiência Nacional para deixar constância da ausência dos “fins
terroristas” que se lhe imputam e do seu forte arraigo social na Galiza
e, polo tanto, do inexistente risco de fuga que alega o tribunal para
non deixá-lo en liberdade, algo que foi apoiado com a
presentaçom de quase 40 documentos e certificados, entre eles
certificados asinados polo próprio alcalde do concelho de Ordes e
polo curada sua paróquia, certificados de boa parte dos profesores da
Facultade de Filosofia da Universidade de Santiago de Compostela, onde
foi um dos alumnos mais brilhantes e destacados que passaron por ali,
várias promesas de contratos de trabalho con empresas dispostas a
contrata-lo para trabalhar en canto o ponham en liberdade e certificados
de toda a ampla actividade sócial que vinha desenvolvendo nos últimos
tempos na Galiza, tanto de jornalista como de investigador antropológico e
dinamizador cultural.
O seu avogado, o catalán Benet Salellas, apresentou
o 28 de fevereiro um recurso de reforma contra o auto de procesamento
de Carlos, tendo em conta que em todo o sumário de 4 tomos non
há indícios suficientes para processá-lo por pertença a unha suposta
organizaçom terrorista inexistente na Galiza –pois a dia de hoje
ningumha sentença judicial em firme considerou que existir tal banda e
o próprio fiscal considera que o apresentado na causa de
Carlos, achegado pola Guarda Civil, é insuficiente- e que non há motivos
para negar a sua posta en liberdade, nem tampouco para que este tema
siga sendo tratado pola Audiência Nacional.
Quando tanto Carlos como o seu avogado
estaban agardando a que a Audiência Nacional resolvesse o recurso
presentado, ontem, 14 de marzo, dia do aniversário de Carlos, a
Audiência Nacional decidiu fazer-lhe o seu particular agasalho. A última
hora da tarde do mércores, 13 de março, os funcionários da prisom de
Valdemoro comunicarom-lhe a Carlos de surpresa que estivesse preparado
pois ao dia seguinte às 7 da Manhã levariam-no a
“diligências” à Audiência Nacional, sem explicar-lhe de que se tratava o
assunto e sem notificar-lhe o tribunal citaçom algumha ao seu avogado.
quando Carlos chegou à Audiência Nacional, topou-se com que o juíz
decidira imputá-lo numha nova causa correspondente a um expediente que
leva anos parado na AN por non ter provas sobre a autoria e que se
corresponde com uns feitos acontecidos en Vigo en outubro de 2011,
relativos à colocaçom dum “explosivo” nun caixeiro de Nova Caixa Galicia
que os TEDAX explosionarom controladamente. Dá-se a particularidade de
que se trata dum novo expediente no mesmo julgado, polo que o
lógico seria comunicar-lho ao letrado que o próprio julgado sabe e
conhece que é o defensor de Carlos, precisamente porque o assiste no
outro expediente. Ademais, as citaçons judiciais, sejam do tipo que
sejam, deven ser remitidas com a anterioridade suficiente para
permitir ao seu receptor preparar a diligência judicial e designar os
convenientes profesionais que o asesorem.
O juíz decidiu ontem imputa-lo nesta nova
causa, considerando-o, sem fundamento nem proba nigumha, suposto autor
daquele feito acontecido em 2011, quando o curioso é que no sumário
aparece recolhido que despois de moito tempo investigando policialmente
nunca chegaron a determinar a participaçom de Carlos en semelhantes
feitos. Esta conclusom da polícia aparece expresamente citada no informe
policial de imputaçom de Carlos na causa primeira e na que a polícia
española manifesta explícitamente a imposibilidade de imputar este feito
a Carlos Calvo.
Precisamente agora, cando nom há motivo
algum para atrasar a imediata posta en liberdade de Carlos, a Audiência
Nacional decide imputar-lhe esta nova causa com o objectivo de intentar
que isso conste como um inventado “antecedente” de Carlos, que nunca
tivo e que é totalmente falso, e así atrancar a sua liberdade. Algo que
aconteceu, para mais gravidade, negando-lhe o seu direito à defensa ao
ter que ser assistido por unha avogada de ofício em lugar de polo seu
próprio avogado de confiança.
Desde a Rede de Apoio a Carlos
Calvo queremos difundir este feito para que a sociedade coñeça que é o
que está passando. A polícia e a Audiencia Nacional nom podem aproveitar
que Carlos leva injustamente 6 meses em prisom preventiva sem motivos
para cargar-lhe sem fundamento ningum a suposta autoria doutras causas
que levam anos sem resolver por nom ter provas nem as investigaçons
concluír nada determinante sobre quem está detrás desses feitos.
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